I - Em defesa de uma cultura e de uma estética correspondentes à memória e à história do Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul é um estado da federação brasileira resultante de um longo processo histórico de conquista e ocupação, no âmbito da geopolítica colonial, na disputa territorial entre Portugal e Espanha. O território foi consolidado em suas dimensões definitivas no período imperial e teve pequenas áreas ajustadas na República Velha.
Em todo o ciclo histórico, observou-se o esforço de vidas humanas e material para a construção de um espaço luso-brasileiro nos séculos iniciais, e brasileiro, com a Independência, a partir de 1822. A população do Rio Grande concorreu para a invenção do Brasil soberano. Nesse ato, passou a ter uma identidade e a pertencer a um Estado-nação. Historicamente, a escolha rio-grandense foi pelo seu pertencimento brasileiro, rompendo com Portugal e tendo a América espanhola como sua alteridade.
Concorreram para a conquista, ocupação e formação da sociedade sulina indivíduos de diversos grupos sociais e étnicos, genericamente identificados como: portugueses, índios, negros, mamelucos, cafuzos, mestiços da terra; espanhóis, uruguaios, argentinos, paraguaios, que escolheram permanecer na terra independentemente dos tratados divisórios; imigrantes de projetos de colonização ou que se aventuraram individualmente, em especial, advindos de territórios atualmente inseridos na territorialidade da Alemanha, Itália, Polônia, Rússia, Ucrânia, Espanha, França, etc.
Ao longo do tempo, o rio-grandense se formou através da inserção em uma identidade política, na composição da brasilidade e da naturalidade regionalizada e fronteiriça. E no cotidiano, através da vivência de todas as culturas, hábitos e costumes de origem, reelaborados na dinâmica da convivência.
Nesse processo de formação, em diversos de seus setores, ocorreu um involucramento com a sociedade e a cultura platina e latino-americana.
Historicamente, o Rio Grande é multicultural e multi-étnico.
Cultural e simbolicamente é uma região de representação aberta, de recriação constante, como critério indispensável às manifestações de pertencimento, motivadas pelas transformações históricas, sociológicas e culturais, típicas de uma sociedade em movimento, de transformações estruturais e antropológicas, onde ainda se opera, por exemplo, a mestiçagem dos grupos étnicos de origem. Um estado onde as fronteiras internas são evidentes.
Portanto, só é legítima a cultura que representar esta diversidade.
Conseqüentemente, é ilegítimo todo o movimento ou iniciativa doutrinária de orientação pública ou particular que não represente a complexidade social e cultural do estado.
É alienante e escapista todo o movimento que impede e atua através de instrumentos de coerção cultural, midiático ou econômico, com o objetivo de dificultar os desenvolvimentos culturais e estéticos que tomam os indivíduos e as realidades contemporâneas como matérias de suas criações e vivências estéticas.
É repressor todo o movimento que milita através do governo, da educação, da economia e da mídia, para fechar os espaços das manifestações artísticas, das representações simbólicas e das inquietações filosóficas sobre os múltiplos aspectos do Rio Grande do Sul.
É doutrinador e usurpador do direito individual todo o movimento organizado que impõe modelos de comportamento fora de seu espaço privado, se auto-elegendo como arquétipo de uma moralidade para toda a sociedade.
Nessa direção, consideramos como legítimas as manifestações que tomam os rio-grandenses em suas complexidades históricas e culturais, dimensionados em seus tempos sociais, e que transformam, em especial, a sociedade contemporânea como expressões de suas criações estéticas, formulações teóricas e inquietações existenciais.
Somos, em razão disso, contra todas as forças que dogmatizam, embretam, engessam, imobilizam a cultura e o saber em "expressões" canonizadas em um espaço simbólico de revigoramento e opressão a partir de um "mito fundante", inventando um imaginário para atender interesses contemporâneos e questionáveis, geralmente identificados pela história como farsa e inexistência concreta. Consideramos que todo o processo de invenção e sustentação de uma visão "mitologizada" objetiva, unicamente, atender interesses atuais; é uma forma de militância que recorre à fábula, a ressignificação de rituais, hábitos e costumes, como forma de "legitimação" de causas particulares como se fossem "tradições" coletivas.
II - Em defesa de uma racionalidade sobre a história do Rio Grande do Sul, de equivalência para todos os construtores de nossa sociedade, de equiparação e direito para todas as manifestações culturais, de inclusão multicultural e respeito às heranças étnicas, sem que todas essas expressões sejam diluídas em um gauchismo pilchado de civismo ufanista, ideológico e manipulador dos mais sinceros sentimentos do povo.
Fundamentados nos princípios acima e nos demais existentes no transcurso deste manifesto, identificamos o MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO (MTG) como o principal instrumento de negação e destruição desses traços culturais e direitos fundamentais do povo rio-grandense.
Nossa posição se fundamenta nos seguintes argumentos:
1.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, especialmente porque, em sua cruzada unificadora, construiu uma idéia vitoriosa de "rio-grandense autêntico", pilchado e tradicionalista, criando uma espécie de discriminação, como se a maioria da população tivesse uma cidadania de segunda ordem, como "estrangeira" no "estado templário" produzido fantasiosamente pela ideologia tradicionalista.
2.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, por identificá-lo como um movimento ideológico-cultural, com uma visão conservadora e ilusória sobre o Rio Grande, cujo sucesso se deve, em especial, à manipulação e ressignificação de patrimônios genuínos do povo, pertencentes aos seus hábitos e costumes.
3.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é a Tradição, mas se arrogou de seu representante e a transformou em elemento de sua construção simbólica, distorcendo-a, manipulando-a, inserindo-a em uma rede gauchesca aculturadora, sem respeito às tradições genuinamente representativas das diversidades dos grupos sociais.
4.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é Folclore, mas o caducou dentro de invernadas artísticas e retirou dele seus aspectos dinâmicos e pedagógicos; o seu apresilhamento ao espírito e ao sentido do pilchamento do estado está destruindo o Folclore do Rio Grande do Sul.
5.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele é um movimento organizado na sociedade civil, de natureza privada, mas que desenvolveu uma hábil estratégia de ocupação dos órgãos do Estado, da Educação e de controle da programação da mídia, conseguindo produzir a ilusão de que o tradicionalismo é oficialmente a genuína cultura e a identidade do Rio Grande do Sul. A "representação" tomou o lugar da realidade.
6.. Somos contra o Tradicionalismo, porque, insensível à história e à constituição multicultural do Rio Grande do Sul, através de procedimentos normativos, embretou o rio-grandense em uma representação simbólica pilchada.
7.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele criou um calendário de eventos e, através de seus prepostos, aprovou leis que "reconhecem" o próprio tradicionalista como modelo gentílico, apesar de ser, em verdade, um ente contemporâneo, sem enraizamento histórico e cultural.
8.. Somos contra o Tradicionalismo porque identificamos nele a criação de instrumentos normativos usurpadores, com a ambição de exercer um controle sobre a população, multiplicando a cultura da "patronagem", com a reprodução de milhares de caudilhetes que tiranizam os grupos sociais em seu cotidiano. Tiranetes que, com sua truculência, ditam regras "estéticas" e limitam os espaços da arte e da cultura, lançando o preconceito estigmatizador, pejorativo e excludente, sobre formas de comportamento e manifestações artísticas inovadoras ou sobre concepções do regional, diferentes da matriz "cetegista", mesmo quando essas manifestações surgem no interior do próprio Tradicionalismo.
9.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele instrumentaliza política e culturalmente uma visão unificadora, como se a origem identitária do Rio Grande estivesse no movimento da "minoria farroupilha", falseando sobre a sua natureza "republicana", elencando um panteão de "heróis" latifundiários e senhores de escravos, como se fossem entes tutelares a serem venerados pelas gerações atuais e vindouras.
10.. Somos contra o Tradicionalismo, por ele se fazer passar por uma Tradição, desmentida pela própria história de sua origem, ao ser inventado através de uma bucólica reunião de estudantes secundaristas, em 1947, no colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.
11.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele se transformou em força institucional e "popular", em cultura oficial, através dos prepostos da Ditadura Militar no Rio Grande do Sul.
a) Na verdade, em 1964, o Tradicionalismo foi incluído no projeto cultural da Ditadura Militar, pois o "Folclore", como fenômeno que não pensa o presente, serviu de alternativa estatal à contundência do movimento nacional-popular, que colocou o povo e seus problemas reais no centro das preocupações culturais e políticas.
b) O Tradicionalismo usurpou, assim mesmo, o lugar do Folclore, e se beneficiou do decreto do general Humberto Castelo Branco, de 1965, que criou o Dia Nacional do Folclore, e suas políticas sucedâneas. A difusão de espaços tradicionalistas no Estado e as multiplicações dos galpões crioulos nos quartéis do Exército e da Brigada Militar são fenômenos dessa aliança.
c) A lei que instituiu a "Semana Farroupilha" é de dezembro de 1964, determinando que os festejos e comemorações fossem realizados através da fusão estatal e civil, pela organização de secretarias governamentais (Cultura, Desportos, Turismo, Educação, etc.) e de particulares (CTGs, mídia, comércio, etc.).
d) Durante a Ditadura Militar, o Tradicionalismo foi praticamente a única "representação" com origem na sociedade civil que fez desfiles juntamente com as forças da repressão.
e) Enquanto as demais esferas da cultura eram perseguidas, seus representantes censurados, presos, torturados e mortos, o Tradicionalismo engrossou os piquetes da ditadura - seus serviçais pilchados animaram as solenidades oficiais, chulearam pelos gabinetes e se responsabilizaram pelas churrasqueadas do poder. Esse processo de oficialização dos tradicionalistas resultou na "federalização" autoritária, com um centro dominador (ao estilo do positivismo), com a fundação do Movimento Tradicionalista Gaúcho, em 1967. Autoritário, ao estilo do espírito de caserna dos donos do poder, nasceu como órgão de coordenação e representação. Enquanto o general Médici, de Bagé, era o patrão da Ditadura e responsável, juntamente com seu grupo, pelos trágicos anos de chumbo que enlutaram o Brasil na tortura, na execução, na submissão à censura, na expulsão de milhares de brasileiros para o exílio, os tradicionalistas bailavam pelos salões do poder. Paradoxalmente, enquanto muitos freqüentadores de CTGs eram perseguidos ou impedidos de transitarem suas idéias políticas no âmbito de suas entidades, o Tradicionalismo oficialista atrelou o movimento ao poder, pervertendo o sentimento de milhares de pessoas que nele ingressaram motivados por autênticos sentimentos lúdicos de pertencimento e identidade fraterna.
f) Através da relação de intimidade com a ditadura, o MTG conseguiu "criar" órgãos estatais de invenção, difusão e educação tradicionalista, ao mesmo tempo em que entregou, ou reservou diversos cargos "públicos", para seus ideólogos, sob os títulos de "folclorista", "assessor cultural", etc.
g) O auge do processo de colaboração entre a Ditadura e o MTG foi a instituição do IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, em 1974, consagrando uma ação que vinha em operação desde 1954. A missão era aparentemente nobre: pesquisar e difundir o folclore e a tradição. Mas do papel para a realidade existe grande diferença. Havia um interesse perverso e não revelado. A constituição do quadro de pessoal, ao contrário da inclusão de antropólogos, historiadores da cultura, pessoas habilitadas para a tarefa (que deveriam ser selecionadas por concurso público), o critério preponderante para assumir os cargos era, antes de tudo, a condição de tradicionalista. Assim, um órgão de pesquisa, mantido pelo dinheiro público, transformou-se em mais uma mangueira do MTG. Com o passar dos anos, os governos que tentaram arejar o IGTF, indicando dirigentes menos dogmáticos, invariavelmente, entraram em tensão com o MTG.
h) Essa rede de usurpação do público pelo Tradicionalismo, por fim, atingiu a força de uma imanência incontrolável. Em 1985, já na redemocratização, o MTG conseguiu que a Assembléia Legislativa instituísse o Dia do Gaúcho, adotando como tipo ideal o "modelo" tradicionalista.
i) Em 1988, com uma manipulação jamais vista na vida republicana, o MTG se mobilizou pela aprovação da lei estadual que estabeleceu a "obrigatoriedade do Ensino de Folclore"; na regulamentação, a lei determinou que o IGTF exercesse a função de "suporte técnico", sem capacitá-lo pedagogicamente. De fato, passou a ocorrer uma relação direta entre as escolas e os CTGs. Dessa maneira, o Tradicionalismo entrou no sistema educacional, transgredindo a natureza da escola republicana como lugar de estudo e saber, e não de culto e reprodução de manuais. Hoje, os alunos são adestrados pela pedagogia de aculturação e cultuação tradicionalista.
j) Por fim, em 1989, a roupa tradicionalista recebeu o nome de "pilcha gaúcha", e foi convertida em traje oficial do RS, conforme determinação do MTG.
12.. O grande poncho do MTG, por derradeiro, foi tecido pela oficialização dos símbolos rio-grandenses, emanados diretamente do simulacro da "república" dos farroupilhas.
III - Em defesa de uma cultura que respeite os tempos de registro histórico-cultural e de representação contemporânea e sua densidade histórica.
13.. Somos contra o MTG, porque consideramos indispensável para a cultura regional distinguir os fenômenos da história dos da memória, identificar os eventos em seus tempos históricos e desenvolver um conhecimento em que os tempos históricos não sejam diluídos nas celebrações contemporâneas e seus interesses ideológicos, culturais e econômicos. A "institucionalização" de uma cultura cívica e de lazer tradicionalista como "legitimidade", reforçada e inserida na indústria cultural pilchada, impõe uma visão da sociedade e do passado, segundo a ótica dos interesses dos indivíduos que operam socialmente na atualidade. Através dessa falsa "historicidade", eles se legitimam como "autênticos" e podem especular com este inventivo "selo de qualidade".
14.. Somos contra o MTG, porque a sua atividade de militância "aculturadora", ressignificando símbolos, ícones, eventos históricos, em um espaço praticado e imaginado como o ethos de uma estância atemporal, empobrece culturalmente o Rio Grande do Sul e, de fato, relega etnias e grupos sociais, historicamente importantes, à massa dos "sem-simbologia".
15.. Somos contra o MTG, porque o seu controle e patrulhamento vigora sobre a sociedade como um espectro opressivo, em muitos casos como uma maldição, como uma ameaça punitiva, desclassificativa daqueles que não ideologizam as pilchas ou não se enquadram nos modelos "humanos", geralmente caricaturais, decretados pelo MTG.
16.. Somos contra o MTG, porque aqueles que se libertam de sua doutrina, depois do longo processo de adestramento, geralmente iniciado na infância, enfrentam traumas de identidade, especialmente ao descobrirem suas "versões manipulatórias" da história, como a de que o povo do Rio Grande do Sul se levantou contra o Império, ou que os farroupilhas eram republicanos.
17.. Somos contra o MTG, porque ele pratica a demência cronológica e estatística, impondo a deturpação de que o povo se levantou contra o Império e os imigrantes e seus descendentes também cultuaram a Revolução Farroupilha, quando, quase em sua totalidade, sequer estavam no RS entre 1835 e 1845. Se um dia aportaram no Brasil, isso se deve ao projeto de colonização do Império. Os projetos de colonização fundamentais, que contribuíram para a formação do Rio Grande do Sul contemporâneo, não pertenceram aos farroupilhas.
18.. Somos contra o MTG, porque ele ajudou a instituir e alimenta em seu calendário de celebrações, nas escolas, na mídia, um panteão de "heróis", na sua maioria senhores de escravos.
19.. Somos contra o MTG, porque ele é uma força militante ideológica e cultural que trabalha contra a criação de uma mentalidade ilustrada; a transposição para o presente de personagens do antigo regime, como "lumes tutelares" a serem adorados, impediu que se fizesse, nesse particular, um movimento cultural com a densidade dos princípios consagrados pela Revolução Burguesa.
20.. Somos contra o MTG, por ele ter transformado a população em adoradora de senhores de escravos (no geral, sem saberem).
21.. Somos contra o MTG, especialmente, porque defendemos o RS da inclusão, da convivência multicultural, de todas as indumentárias, de todos os ritmos, de todas as danças, de todas as emoções, de todos os trabalhos e ofícios, de poéticas de múltiplos espaços, e não da territorialidade simbólica exclusiva do pampa.
22.. Somos contra o MTG, porque desejamos construir espaços poéticos que representem também a complexidade de nosso tempo.
23.. Somos contra o MTG, porque, em defesa dos postulados da liberdade de criação e de comportamento, do saber sobre o culto inócuo e ideologicamente manipulador, o identificamos como o instrumento preponderante de negação dos direitos elementares da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
24.. Somos contra o MTG, por se tratar de um movimento de interesse hegemonizador sobre a sociedade sul-rio-grandense, de caráter privado, que transgride a sua esfera particular, para operar um autoritarismo de conversão dogmática da população a um estilo gauchesco, inventado e normatizado por seus membros, como expressão estilística de um pretenso gentílico de conteúdo e forma cívico-ufanista.
25.. Somos contra o MTG, porque, ao se transformar arbitrária e oficialmente em uma imagem gentílica, se converteu em um movimento de intolerância cultural no Rio Grande do Sul e em outras regiões do Brasil e do mundo, através de instalações de CTGs que não respeitam as culturas locais, que invadem como intrusos localidades de tradições milenares, usurpando seus espaços, destruindo sua poética popular e deturpando sua arquitetura. Nessa operação, o Tradicionalismo não é uma "representação" aceitável da cultura sulina, mas o instrumento de uma "aculturação", da não inserção dos grupos migrantes nas culturas locais, transformando-se, de fato, em agente de destruição.
26.. Somos contra o MTG, porque, ao se converter em uma representação do Rio Grande do Sul e exercitar sua arrogância aculturadora em outros espaços sócio-culturais, fazendo uma escolha pela não inserção e respeito às populações do restante do Brasil e do mundo, está desencadeando movimentos de reação discriminatória contra os "gaúchos". Devido às posturas dos tradicionalistas, tornam-se cada vez mais freqüentes campanhas populares de "Fora gaúchos" em outros estados da federação, confundindo os "tradicionalistas" com os "rio-grandenses", jogando sobre o povo do RS um estigma motivado unicamente pelo "cetegismo". Essa militância tradicionalista contribui, de fato, para a difusão da intolerância na população sulina.
27.. Somos contra o MTG, por considerá-lo agente de um dano irreparável à maioria dos sul-rio-grandenses frente ao Brasil, pois defendemos princípios de identidades regionais harmonizados com as genuínas culturas locais das demais regiões brasileiras.
28.. Somos contra o MTG, por ele se apresentar militantemente em outras unidades da federação, em seu extremo, como uma "etnia gaúcha", deturpando a formação multi-étnica sul-rio-grandense, e ofendendo, além de tudo, os conceitos mais elementares da Antropologia.
29.. Somos contra o MTG devido a sua soberba de pressionar outros estados brasileiros para adotar a "pilcha gauchesca" como traje oficial, produzindo ainda maior rejeição aos sul-rio-grandenses.
30.. Somos contra o MTG no Rio Grande do Sul e nos demais estados brasileiros pela sua articulação incessante para se transformar na cultura oficial, ou ser reconhecido como "uma representação externa", e desejar se constituir em guardião dos símbolos, dos ícones e do imaginário do povo.
31.. Somos contra o MTG, porque, como entidade privada, ele tange, em sua arreada intolerante, grande parte das verbas públicas dos setores da cultura, da educação, do turismo, da publicidade e da Lei de Incentivo à Cultura das empresas estatais, fundações e autarquias, para o seu imenso calendário de eventos, onde, nem sempre, se distingue a cultura do turismo e do lazer.
a) Em defesa da cultura rio-grandense postulamos pela instalação de uma CPI na Assembléia Legislativa, para investigar a transferência de verbas e infra-estruturas públicas para as atividades tradicionalistas, o que caracteriza flagrantemente uma usurpação do patrimônio público.
b) Reivindicamos audiências públicas ao Conselho de Cultura, para discutir a canalização da LIC para um excessivo predomínio de projetos tradicionalistas, muitos de caráter turístico e de lazer, iludindo a natureza da Lei.
c) Alertamos e igualmente reivindicamos audiências públicas ao Conselho de Educação, para discutir a deturpação dos currículos e dos princípios de Educação Pública, em conseqüência da infestação, da usurpação e da distorção pedagógica representada pela invasão tradicionalista nas escolas, substituindo os preceitos do "saber", do "estudar", pelo "culto" e pelos "manuais" tradicionalistas. O indicativo dessa distorção e atropelo obscurantista é a transformação do próprio espaço escolar, com a criação de "piquetes" e "invernadas artísticas". Essa situação revela a falência pedagógica da escola, o abandono de sua natureza laica e republicana. Os alunos são induzidos a comportamentos e práticas dogmáticas, adestradoras, apresilhados a uma identidade questionável, originada em um mito fundante. Essa escola doutrinariamente cívica, "gentílica" e de "orgulho gaúcho" exercita a fé, a pertença alienada. Ela significa a falência da Educação. Por essa razão, reconhecemos como legítima a revolta daqueles professores que rejeitam a sua conversão em instrumentos de realização do calendário tradicionalista, como se fossem meros executores de seus manuais dentro dos educandários. Reconhecemos como legítima a resistência dos professores às pressões para serem transformados em pregadores pelas direções, pelo poder e por alguns ciclos de país e mestres, pois esse enquadramento significa a negação de suas funções constitucionais de educadores.
32.. Somos contra o MTG, porque, entre todas as suas deturpações, a mais grave é representada pela sua própria oficialização, cujo corolário é a ambição de instituir como "legalidade" a sua versão da história, através de uma legislação introduzida progressivamente na esfera pública. Em alguns processos judiciais contra pessoas transformadas em réus, por terem feito crítica ao Tradicionalismo ou aos seus atos, os advogados do MTG argumentam com "base" em leis que os parlamentares tradicionalistas criaram, em decretos de seus executivos, em "epistolas" de seus ideólogos.
33.. Somos contra o MTG, porque, devido à sua ação de controle cultural, uso das verbas públicas, interferência nos currículos escolares, vigilância sobre os meios de comunicação, imposição manipulatória de uma idéia de "história" que converteu em "heróis" senhores de escravos, sua hegemonia e operação militante no Estado, na sociedade civil e no senso comum, contribui para a mediocrização do Rio Grande do Sul em seus aspectos culturais, de inserção moderna e respeitosa no Brasil e na América, produzindo uma incapacidade de leitura crítica da sociedade rio-grandense e do mundo. Nas últimas décadas, os acontecimentos culturais populares importantes se constituíram na relação e na contradição com o Tradicionalismo. Na maioria dos casos tiveram que superá-lo, ou negá-lo, para sobreviverem e afirmarem os seus espaços estéticos.
34.. Somos contra o MTG em sua usurpação do público, mas, por outro lado, ainda como manifestação de nossos princípios republicanos, defendemos o MTG quanto ao seu direito privado, ao seu exclusivo espaço cultural, à noção de que ele é apenas um segmento interpretativo da história e da cultura do Rio Grande do Sul, sem que as suas convicções singulares tenham a ambição e a ação militante ilegítima de "aculturação" das demais esferas sociais e culturais do estado, sem que se coloque no topo de uma hierarquia dominante e exclusivamente gauchesca da identidade.
35.. Somos contra o MTG, exclusivamente, no que tange à usurpação das esferas públicas e à coerção de nossos direitos civis, culturais e estéticos.
36.. Somos contra o MTG, porque identificamos nele a alimentação de uma sinergia cultural que atolou o Rio Grande do Sul no passadismo conservador, criando uma força de pertencimento que bloqueia o desenvolvimento de uma energia socialmente humana moderna, humanista, republicana, respeitosa com os sentimentos historicamente multiculturais da população rio-grandense.
37.. Somos contra o MTG, porque nos sentimos reprimidos, cerceados e vitimizados, cultural e profissionalmente, por ele, identificando-o como uma força militantemente dogmática contra os nossos direitos e cidadania.
38.. Somos contra o MTG, porque defendemos o Folclore representativo da nossa multiplicidade étnica, consideramos as frações da Tradição que expressam as relações humanizadas e o espírito solidário do povo sul-rio-grandense, a Cultura Popular, os espaços efetivos para uma cultura que expresse nossa historicidade, desde o passado até a atualidade, e, principalmente, porque postulamos uma estética sem embretamentos, capaz de apreender a complexidade regional com suas particularidades e conexões universais.
Rio Grande do Sul, março de 2007.
Se você deseja ser também um dos signatários do Manifesto, preencha os dados
do formulário nos COMENTÁRIOS DESTE BLOG e/ou envie para gauchismo@gmail.com. Os nomes dos signatários aparecerão neste blog, abaixo do Manifesto, em ordem alfabética, acompanhados, unicamente, do campo profissão/atividade e do local de procedência.
NOME:
PROFISSÃO/ATIVIDADE:
DATA DE NASCIMENTO:
SEXO:
RG:
LOCAL DE NASCIMENTO:
CIDADE EM QUE RESIDE:
SIGNATÁRIOS
Adriane Rodrigues de Oliveira, professora. Porto Alegre, RS.
Alessandra Colares Cichovski, professora. Rio Grande, RS.
Alessandra Meireles Rezende, professora de química. Taguatinga, DF.
Alessandro Batistella, professor e historiador. Loanda, PR.
Alexandra Almeida, desenhista. Passo Fundo, RS.
Alexandra Fantinel de Matos, advogada. Gravataí, RS.
Alexandre Saggiorato, músico. Passo Fundo, RS.
Ana Lúcia Lombardi, produtora cultural. Porto Alegre, RS.
Anahy Metz, jornalista. Porto Alegre, RS.
Anderson Ioriati Colombelli, estudante universitário. Passo Fundo, RS.
Andrea Barros Machado, administrativo. Viamão, RS.
André Luiz Mitidieri Pereira, professor. Porto Alegre, RS
Angela Maria Faria da Costa, servidora pública e estudante de Geografia. Porto Alegre, RS.
Ângela Viviane Schröder, professora. Novo Hamburgo, RS.
Anjee Cristina Pinheiro Machado, escritora e jornalista. Alto Paraíso, GO.
Antonio Carlos Pasolini, jornalista. Vila Velha, ES.
Antonio Jesus Costa Gonçalves, músico e arranjador. Pelotas, RS.
Arlício Figueiredo Nunes, gráfico e estudante. São Jerônimo, RS.
Arthur Gubert, estudante universitário. Passo Fundo, RS.
Artur Poester, fotógrafo. Bagé, RS.
Auro Cândido Marcolan, professor universitário. Passo Fundo, RS.
Bárbara Stracke, assistente de compras. São Paulo, SP.
Bráulio Oscar Filho, desempregado. Porto Alegre, RS.
Camila Martins Kila, estudante. Porto Alegre, RS.
Carlos Afonso lha Noya, pequeno empreendedor. Porto Alegre, RS.
Carlos Eduardo Terres Bonorino, filósofo. Passo Fundo, RS.
Carlos Henrique Ferreira, analista de sistemas, advogado / empresário. Passo Fundo, RS.
Carmem Sayão Lobato, psicóloga, professora universitária. Passo Fundo, RS.
Carolina Hoffmeister, cabeleireira e estudante. Estância Velha, RS.
Caroline Mayer, caixa. Santa Cruz do Sul, RS.
Cesar Carvalho, administrador e webmaster. Florianópolis, SC.
Cibele Maria Almeira Menini, professora. Blumenau, SC.
Circe Terezinha da Rocha, professora de história. Santa Maria, RS.
Cleinice dos S. Collona. secretária. São Paulo, SP.
Clóvis Da Rolt, professor e mestrando em Ciências Sociais. Bento Gonçalves, RS.
Clovis Figueiredo Freire da Silva, músico. Porto Alegre, RS.
Clóvis Rodrigues Junior, vendedor. Passo Fundo, RS.
Conceição Cristina Espíndola. funcionária pública. Porto Alegre, RS.
Cristiano Meirelles, estudante e universitário. Passo Fundo, RS.
Daiane Hemerich, estudante e estagiária. Passo Fundo, RS.
Daison Kipper da Paz, professor de geografia. Porto Alegre, RS.
Daniel Bittencourt, jornalista. Passo Fundo, RS.
Daniel Castro, Vendedor. Porto Alegre, RS.
Daniel Confortin, desenhista industrial. Passo Fundo, RS.
Dario Correa, educador social. Santana do Livramento, RS.
Dênis Roberto da Silva Petuco, sociólogo. João Pessoa, PB.
Diego Figueira da Silva, músico e webdesigner. Porto Alegre, RS.
Dilmar Pozzetti, artista plástica. Porto Alegre, RS.
Dimas Fernandes Vieira Junior, historiador e professor. Jundiaí, SP.
Eduardo Francisco Luft, engenheiro agrônomo. Ibirubá, RS.
Ellen Augusta Valer de Freitas, bióloga. Porto Alegre, RS
Elisa Forster, psicóloga. Porto Alegre, RS.
Érico Emanuel Tieppo da Silveira, professor de educação física. Porto Alegre, RS.
Everson Marca, produtor cultural e professor. Nova Prata, RS.
Fabiano Dirceu Burgert de Paula, comerciário. Passo Fundo, RS.
Fernanda Fernandes, atriz e professora. São Leopoldo, RS.
Fernanda Peres Rocha, estudante. Passo Fundo, RS.
Filipe Rossato, estudante. Porto Alegre, RS.
Gabriel da Fonseca Guimarães, estudante/publicitário, estagiário. Passo Fundo, RS.
Gabriel Machado Chaves, estudante. Passo Fundo, RS.
Gabriele Maffei, estudante. Porto Alegre, RS.
Gelson Piber, professor e historiador. Rio de Janeiro, RJ.
Gilse Helena Magalhães Fortes, professora de teatro e pedagoga. Porto
Alegre, RS.
Gladis Helena Wolff, professora. Gaurama, RS.
Glauce Mariane Bittencourt Mendes, médica. Santa Maria, RS.
Guilherme Darisbo, professor e músico. Porto Alegre, RS.
Guilherme Lazzarotto de Lima, estudante. Porto Alegre, RS.
Gustavo Chaise, músico. Passo Fundo, RS.
Helena Dutra, jornalista. Porto Alegre, RS.
Helenice Trindade de Oliveira, advogada. Porto Alegre, RS.
Inácio Neutzling, professor universitário. São Lourenço do Sul, RS.
Inês Portela Nogueira, dona de casa. Sobradinho, DF.
Iuri Daniel Barbosa, músico, estudante de Geografia. Passo Fundo, RS.
Ivens Balen, estudante, Passo Fundo, RS.
Jacqueline Ahlert, professora de Artes. Carazinho, RS.
Jacques Salvador Souza, jornalista. Poa, RS
Jaime Giolo, professor universitário. Vila Maria, RS.
Jamil Khoury, personal chef. Passo Fundo, RS.
Janaíta da Rocha Golin, servidora da Universidade Federal da Fronteira Sul. Chapecó, SC.
Jean de Oliveira, servidor público federal. Chapecó, SC.
Jeferson Bossoni Mendes, professor de Ciências Sociais, pesquisador estudos econômicos, capoeirista. Passo Fundo, RS.
Jerri Dias da Silva, escritor. Porto Alegre, RS.
João Batista Carvalho da Cruz, professor de História. Alegrete, RS
João Paulo Reis Costa, professor. Santa Cruz do Sul, RS.
João Vicente Ribas, jornalista. Passo Fundo, RS.
José Ernani de Almeida, professor universitário. Passo Fundo, RS.
José Francisco Baronio da Costa, músico. São Leopoldo, RS.
Juliano Torres Fraga, historiador e professor. São Lourenço do Sul, RS.
Júlio Cesar Colnageri Brum, servidor público. Porto Alegre, RS.
Julio Cesar Sfoggia Saraiva, arquiteto e artista. Porto Alegre, RS.
Juraci Bronzato Moro, professora aposentada. Garibaldi, RS.
Jussara Fernandes Oleques, professora. Alegrete, RS.
Kátia Ferreira de Oliveira. arquiteta e urbanista. Porto Alegre, RS.
Katiuscia Zuchetti, administradora. Passo Fundo, RS.
Keity Duque, técnico de enfermagem. Juiz de Fora, MG.
Laura Souto, professora de informática. Porto Alegre, RS.
Leandro Gaspar Scalabrin, advogado. Erechim, RS.Leandro Malósi Dóro, jornalista e cartunista. Passo Fundo, RS.
Leandro Pinto Salvador, estudante. Porto Alegre, RS.
Leila Sibele Pilger, administradora. Lajeado, RS.
Leonardo Marmitt, produtor/empresário. Passo Fundo, RS.
Lilian Rodrigues, estudante de Relações Públicas. Santa Cruz do Sul, RS.
Lucas Alves Flor, Passo Fundo, RS.
Lucas Machado Chaves, estudante. Passo Fundo, RS.
Luciana de Mello, geógrafa. São Sebastião do Caí, RS.
Luciana Vinhas, professora. Realeza, PR.
Luciana Wagner, tatuadora. São Carlos, SC.
Luciane Cristina Tonial, professora de História. Passo Fundo, RS.
Luciano do Monte Ribas, designer gráfico / empresário. Santa Maria, RS.
Luciano Pimentel da Silva, comerciário. Passo Fundo, RS.
Luiza Gallo Pestano, historiadora e bibliotecária. Pelotas, RS.
Luiz Carlos da Cunha Carneiro, professor de História. Porto Alegre, RS.
Luiz Roberto M. Gosch, arquiteto e professor. Passo Fundo, RS.
Luiz Roberto Pecoits Targa, economista. Porto Alegre, RS.
Luiz Vicente Tarragô, professor. Porto Alegre, RS
Luiziana de C. Monteiro de Barros,médica. Petrópolis, RJ.
Maíra Martini, yogue. Passo Fundo, RS.
Marcelo Apel, educador popular e filósofo. Rio Branco, AC.
Marcelo Gross Villanova, professor universitário. Porto Alegre, RS.
Márcia Luísa Tomazzoni, estudante. Porto Alegre, RS.
Marcos Botton Piccin, doutorando em Ciências Sociais. Campinas, SP.
Marcos Rolim, jornalista e professor universitário. Porto Alegre, RS.
Marcio de Almeida Bueno, jornalista. Porto Alegres, RS.
Maricilia Rovena Blank Bueno, servidora pública. Passo Fundo, RS.
Maria Zenisse, professora. Porto Alegre, RS.
Maria de Nazareth Agra Hassen, antropóloga. Flores da Cunha, RS
Maria Lucia Pereira de Sampaio, arquiteta. Florianópolis, SC.
Marta Forster, professora. Porto Alegre, RS.
Mateus Fiorentini, estudante. Passo Fundo, RS.
Maura Bombardelli. estudante de História. Porto Alegre, RS.
Mauro Menine, diretor teatral. São Leopoldo, RS.
Miriam Beatriz Barbosa Corrêa, assessora técnica de gênero e direitos sexuais; estudante de Direito. Porto Alegre, RS.
Nei Lisboa, músico. Porto Alegre, RS.
Neusa Pulita, assistente de produção. Porto Alegre, RS.
Nívea dos Santos Marques, professora. Bagé, RS.
Pablo Tavares, estudante. Passo Fundo, RS.
Paulo Tedesco, consultor gráfico e escritor. Caxias do Sul, RS.
Paulo Gaiger, professor, cantor, ator e diretor teatral. Porto Alegre, RS.
Paulo Henrique de Toledo, escritor, músico e filósofo. Passo Fundo, RS.
Pedro Paulo de Moraes, músico. Rio de Janeiro, RJ.
Pedro Scuro Neto, sociólogo. Santa Cruz do Sul, RS.
Rachel Candio, bióloga. Osasco, SP.
Rafael Bán Jacobsen, físico. Porto Alegre, RS.
Rafael Mota Altenberg, estudante. Santa Maria, RS.
Renata Agra Balbueno, contadora. Porto Alegre, RS.
Ricardo Sabadini, músico. Passo Fundo, RS.
Rita Buttes, terapeuta ocupacional da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, RS.
Roger D'Oliveira, estudante. Lajeado, RS.
Roberta Scheibe, jornalista e professora universitária. Passo Fundo, RS.
Rochelle Frandoloso Ferrão, estudante. Passo Fundo, RS.
Rodrigo Chaise, músico. Passo Fundo, RS.
Rodrigo de Andrade, jornalista e historiador. Passo Fundo, RS.
Rodrigo Luiz Müller, empresário. Canoas, RS.
Roseli Alves Lacerda. São Bernardo do Campo, SP.
Runildo Pinto, técnico em microinformática. Porto Alegre, RS.
Sandra Mara Benvegnú, professora de História. Passo Fundo, RS.
Sandra Maura Sampaio Ribeiro, presidente do Sindicato dos Empregados no
Comércio de Camaquã. Camaquã, RS.
Santos Arthur Gonçalves Carneiro, digitador. Porto Alegre, RS.
Scheila Maria Agostini, jornalista/turismóloga -funcionária pública. São Leopoldo, RS.
Setembrino Dal Bosco, bancário. Passo Fundo, RS.
Scheila Daisy Marcelino, auxiliar administrativo. Venâncio Aires, RS.
Simone Pereira Soares, comerciária/consultora de Relacionamento. Porto Alegre, RS.
Suzna Maria Bracht Badia, bancária. Porto Alegre, RS.
Tau Golin, jornalista, professor e historiador. Passo Fundo, RS.
Thomas Germano Battesini, designer. Passo Fundo, RS.
Vinícius Falcão, estudante. Passo Fundo, RS.
Wolnei Prates, administrador de empresas/funcionário público municipal. Porto Alegre, RS.